No meu aniversário de 11 anos eu pedi de presente aos meus pais uma BMX (bicicleta de cross), muito em evidência na época para os garotos que adoravam se arrebentar correndo de bicicleta pelas ruas e montanhas de terra em Piratininga - Niterói. No que meu pai me disse o seguinte: “Não te darei a bicicleta de cross, pois você vive danificando a sua nas trilhas que faz, vou te dar um presente mais maduro!”
Então no dia do meu aniversário meus pais me presentearam com uma caixa grande de papelão, quando vi a caixa por um momento quando vi a caixa até pensei que fosse a BMX desmontada, mas quando abri o presente, eis que vi um aparelho de som Gradiente Modelo 3 em 1 (tocador de vinil, rádio e fita cassete), fiquei muito surpreso pelo presente, pois até o momento o máximo de proximidade que tinha tido com música foi batucando os instrumentos de escola de samba que minhas primas tocavam.
Desde então passei a escutar rádio no meu quarto e me interessar pelos primeiros programas de vídeo clips da TV (alguém se lembra do programa Vídeo Clip da TV Manchete?), daí eu ligava meu “3 em 1” por dois cabos RCAs na TV e gravava o áudio do que passava na TV dos vídeos que eu gostava. E na época assisti ao vídeo clip da música “Breaking All The Rules” (com imagens de shows) de um guitarrista de rock chamado Peter Frampton e adorei. Daí comprei um disco de vinil das músicas das propagandas de cigarro da Hollywood (que tinha bandas como: Survive, Journey, Ásia, Kansas e claro Peter Frampton) e nunca mais parei...discos, CDs, DVDs, bateria, shows, turnês, bandas, cantore(a)s, TV, Rádios, etc. Provavelmente se tivesse ganhado a BMX, jamais teria me interessado tanto assim por música....bem, jamais saberei!
O que me chamou muita atenção foi o ver o “prazer” explícito no rosto do Peter Frampton no palco. Isso sempre me interessou ao perceber a qualidade de suas músicas e a energia sincera das suas interpretações.
Muito bacana ver de perto ele executando sua marca registrada o talk-box (um tubo ligado ao pedal de guitarra) que faz sua guitarra distorcer sua voz aliada ao som de guitarra.
O show começou com a música “From Day Creep”, de sua antiga banda o Humble Pie. Impressionante como a voz do Peter Frampton não mudou nada dos anos 70 até os dias atuais, e na guitarra sua técnica continua o colocando no hall dos guitarristas tops do mundo, não é a toa que Steve Morse e Steve Vai confessam ter Frampton como grande inspiração para os dois.
A banda [Rob Arthur, teclados, guitarra, vocais; Regan, baixo (este da época do “Frampton Comes Alive”); Adam Lester, guitarras e Dan Wojciechowski, bateria] está entrosadíssima com as canções e coesa na execução das músicas, e Peter dá espaço no show para cada um da banda mostrar seu talento.
Obs: imbecis como este cara que ficou gritando “toca BREAK THE RRULES”, ao invés de irem para show ficar berrando, deveriam ficar em casa escutando seus CDs com “BREAK THE RRULES” da vida. Afinal, o Lobão que está certo, pois quando fui ao último show dele no Circo Voador lançando seu disco novo, tinha um imbecil destes gritando “toca Vida Bandida”, daí que chegou uma hora que o Lobão não agüentou mais e disse: “Olha rapaz deixa de viver no passado, se que mesmo ouvir estas músicas, coloca o disquinho na vitrolinha e sai dançando, mas não vem no show encher o saco do artista que quer divulgar seu trabalho novo!” Adorei esta colocação do Lobão! Até quando irá existir o grupo de imbecis que sempre berram: “Toca Raul!!!!!!!” ???????????
Set List :
- Four Day Creep
- It’s a Plain Shame
- Show me the Way
- Lines on my Face
- Restraint
- Float
- Boot it up
- Double Nickels
- I Wanna Go to the Sun
- Off The Hook
- All I wanna be
- Vaudeville Nanna and the Banjolele
- Black Hole Sun (do álbum “Fingerprints”)
- Nassau / Baby, I love your way
- (I’ll give you) Money
- Do You Feel Like We Do
- Breaking All the Rules