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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

2º parte - Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras

Boa tarde a todos,

Desculpem a falta de atualização. Vamos pela ordem....voltemos a Junho/2010 no Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras, 2010 pois faltou eu falar das demais apresentações que assisti, excetuando o show do The Michael Landau Group que já fiz uma resenha aqui.

Não consegui assistir a todos os shows do festival, mas assisti aos que mais deseja ver, vamos então aos comentários, abaixo indico o dia e shows que assisti:

  • Dia 3 de junho Quinta
  • PALCO IRIRY 14h15
André Christovam – Primeiro show que assisti do festival. Um bom show para um artista de blues nacional. André é um ótimo guitarrista e com uma desenvoltura para tocar e cantar muito boa. A banda, achei somente razoável, bons músicos, mas não achei que tinham intimidade com o Blues, exceto o segundo guitarrista, que com sua Les Paul manteve-se adequado ao estilo com boas bases e bons solos.

  • PALCO COSTAZUL 20h
Raul de Souza – Ótimo show, banda impecável e um show com personalidade ao ser ministrado pelo “monstro” que é o Raul com seu som de trombone ímpar e de muito bom gosto nos solos e nas composições, com arranjos muito bem feitos. O show deixa bem claro a força que tem a música brasileira instrumental, quando bem feita, no mundo todo, por isso que o Raul de Souza faz muito mais show no exterior do que no Brasil. A banda era fenomenal, destaque para o baterista ENDRIGO BETTEGA, bom swing, precisão, sua “condução” no prato é impecável, sabe conduzir o samba rápido como poucos e uma coisa que me agradou muito foi ver sua maneira moderna de tocar samba, com arranjos de bateria muito bem concebidos, aplicando bumbo duplo quando era devido e concepção de pratos no arranjo muito bem feito.

  • Dia 4 de junho Sexta
  • PALCO COSTAZUL 20h
Joey Calderazzo Quartet – Foi o melhor show de jazz que assiti nos últimos anos, com a linguagem do jazz muito bem executada e respeitada, sem desviar muito do tema do gênero. Grande pianista, com uma técnica muito boa, mas percebi que a “música” é o mais importante no seu trabalho, sempre primando para a melodia em detrimento do exibicionismo da virtuose (que não lhe falta). Trouxe com ele uma banda de músicos de jazz competentes ao estilo e a performance de cada um.

Michael “Patches” Stewart – Grande trompetista, já tocou com o maravilhoso baixista Marcos Miller. Mas sinceramente, foi o show que menos gostei no festival, todas as músicas foram no esquema: “Toca-se o tema uma vez, depois milhões de compassos de solo de cada músico da banda, tema mais uma vez dobrado e finaliza a música”, isso tudo com a música tocada num tom só! Chato, muito chato! Destaque para o excelente baterista Poggie Bell.

Rio Jazz Big Band & Taryn – Show perfeitíssimo, Taryn e a Rio Jazz Orchestra do seu pai fizeram um tributo aos clássicos do Blues com arranjos de Big Band. Ficou incrível o show, com uma banda hiper competente (Claudio Infante – Bateria, Ricardo Marins – Guitarra, André Neiva – Baixo, Wagner Azeredo – Teclado, AC – Sax e arranjos) e a orchestra. Parabéns!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Dia 5 de junho Sábado
  • PALCO COSTAZUL 20h

Victor Bailey Band – Um dos melhores baixistas mundiais. Adoro o trabalho dele, mas nesse show parece que verteu para um groove contínuo nas músicas, que a meu ver tirar da linha de frente o seu baixo muito bem executado. Um show razoável para um baixista que prometia muito mais.

Rod Piazza & The Mighty Flyers – Divertidíssimo o show desse gaitista num estilo West Coast Blues (O estilo West Coast se baseia no drive do walking bass e nos upbeats jazzísticos da bateria, sobre os quais Rod desfila seus solos de gaita, proporcionando espetáculos recheados de energia e interação com a platéia.), dançante, não deixa ninguém parado. Destaque para sua esposa , a loura Honey Alexander, pianista, dona de uma performance invejável de palco, além de Henry Carvajal na guitarra e Dave Kida na bateria. Muito bacana de se ver no palco esse time.

T.M. Stevens Project c/ Cindy Blackman, Delmar Brown e Blackbyrd Mc Knight – o som deste baixista (que parece uma mistura de Tim Maia [com suas falas o tempo todo no meio da música] e Prince [com seu visual andrógeno/rasta]), a melhor definição do som seria um heavy metal com funk, misturando percussão meio afro e raizes do reggae com o funk e melodias fortes.

Sobre a banda reuniu um casting de “all star” da qual fazem parte a baterista Cindy Blackman (integrante da banda de Lenny Kravitz), Delmar Brown, (teclados) ex-integrante das bandas de Sting e da Orquestra de Gil Evans; e o lendário guitarrista Blackbyrd McKnight, que fez parte do Parliament/Funkadelic de George Clinton, tendo também trabalhado com Bootsy Collins, Miles Davis e Herbie Hancock & The Head Hunters, entre outros.

Parabéns aos organizadores e a Prefeitura belo belo evento, a cada ano o nível dos shows melhora cada vez mais.

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